domingo, 1 de abril de 2012

Mentira que não dói se acomoda

Pobre da bichinha, tá tão magrinha.
Mimada e mimosa, ela sempre foi.
Agora deu pra carrancuda.
Deixou de estirar simplicidade.
Passou a saracotear por aí.
Cascudos, a menina tomou.
Mesmo assim, desenrolou-se.
Parou de ser anjo de candura, coração de rapadura.
Nublou-se pros olhos de quem não queria ver sua fantasia.
O ponteiro do tempo caminhou.
De miúda se pôs graúda.
Hoje cá ela está.
Nariguda, beiçuda, bochechuda, toda uda.
Cheia de infância e olhos carregados de histórias.

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