terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os ASPONE

ilustração retirada do google


Para ser um ASPONE, não precisarás ter grandes méritos acadêmicos, nem um currículo repleto de referências na labuta diária em alguma empresa ou comércio ou escritório. Bastará apenas saber se relacionar com quem tem poder, puxar o saco desse alguém. Fazê-lo acreditar em sua importância perante a sociedade. Ser agradável.
Se fores uma loira bonita e malhada, já alcançarás pontos necessários para galgares tal função. Para ti, bastará sorrir em dias de debates em audiências públicas, carregando papéis, para o teu chefe retribuir-lhe com um sorriso e alguma atenção.
Se fores filho ou até parente ou amigo de um figurão, já estarás a salvo em alguma repartição. Porém, se a natureza não o dotou de tais atributos físicos, nem relações de sangue ou fraternal, terás de investir no verbo, para inflar o ego daquele para quem trabalharás. Assim, serás o ASPONE-MOR. Aquele que por méritos próprios conseguiu o título de puxa-saco fundamental.
Assim se observa muitos setores do nosso país arcaico e, ainda hoje, ao caminhar por alguns corredores da Administração Pública encontram-se os emblemáticos Assessores de Porra Nenhuma – ASPONE. Não sei como até o momento não recebi via Facebook  o dia comemorativo de tal profissão tão consagrada em nossa nação.

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