domingo, 31 de janeiro de 2016

Catando silêncio no mato

No meio da floresta, tentava aquietar-me e sem sucesso o barulho aqui de dentro se confundia com os chiados da natureza. Pelejava para diminuir a voltagem e nada.

Via que mesmo no meio do mundaréu de árvores, raízes, folhas, bichos seguia vindo um turbilhão de histórias. Só me dava conta de que estava recortando personagens quando percebia que queria silenciar os pensamentos.

No fundo do mato sereno. No medo dos bichos do mato. No barulho ensurdecedor do pensamento. No nada de ter tudo e não ter nada. Na riqueza de uma vida simples.

Em um momento qualquer, senti que me serenei. Catei o silêncio por tempo indeterminado quando olhava o rio, riscado pelo navegar do barco.

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