domingo, 24 de abril de 2016

Cenários

Não me confundo.
Despertei de anos sem começos.
Ao menos dessa vez, pé ante pé, alcancei-te.
Regressar?
Não há como!

Aqui, os silêncios se comunicam.
As falas são entremeadas por substantivos
As ações verbalizadas sem cortes
As experiências relatadas com dendê
Cúmplices, sem crimes

Embaralhei-me em ti,
Por inteiro, nua, crua, sua.
Dei partida ao determinante.
Sua vida amontoou-se na minha
Desfez as amarras de tempos mesquinhos.

Reiniciemos sempre,
Esse movimento
Do alinhavar de tijolos lambrecados de cimento.
Reiniciemos sempre,
Esses olhares, essas mãos, essas bocas que se iluminam.

Em círculos, ao raiar do sol, lá bem lá, pulsaremos.