segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Perguntas escalafobéticas e um pedido

Trocando em miúdos, pouco se sabe sobre as ordenações e os rumos dos passos.
Por que você é preto, ele é branco, seus olhos puxados e minhas ancas largas?
Sou feia, você bonito. Por quê?
É pra dar sentido à beleza que os feios transitam por aí?
Há regras cabalísticas para a definição do mocinho e do bandido? Ou são jurídicas as tais normas?
O moço gosta da vida na balança e o bando gosta dela fora de quadrados?
Quanto de ruim tem dentro de cada um?
Um pouco lá, muito cá?
Quantas geringonças juntadas dão sentido a isso tudo?
Um carro ali, uma cama aqui, um ar condicionado e um umidificador também. Talvez mais coisas? Ou nenhuma coisa?
Quem te falou que para sorrir é preciso ler e ver e gritar? Quem sabe nada disso sirva pra tanto?
Sem muito me explicar, só uma coisa eu lhe peço:
Deixa a secura fazer com que seja possível sua pele ser desenhada por suas unhas.

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