domingo, 22 de julho de 2012

Ilusão

Sem chão se vai ao longe.
Se a metragem lhe dá a distância da queda,
Esquecem-se os números.
Permanece-se ali, viajando.
Sem eira, nem beira.
Deixa estar.
Segue flutuando em rota sem paradeiro.
Camufla-se em nuvens.
De repente, você escorrega sem querer.
Começa a cair em queda livre,
Mas quase beirando o solo,
Reluta em não se estatelar duro e sólido.
Volta ao lírico.
Deixa o vento soprar, a poeira grudar, a chuva molhar.
Noite chega e você se torna brilho
Se escondendo entre os pontos do céu.
Não quer que satélite algum o rastreie,
Para não ser despejado da morada serena
E se transformar em mais um tropeçador de chão ao alcançar o asfalto.

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